sábado, 17 de abril de 2010

QUEBRANDO PRECONCEITOS E TABUS: QUEM VIVE, VIU, E VERÁ MAIS – Debate de gênero gera frutos na UNEB

Paloma abrilhantando o seminário

Qual seu gênero?

Profº. Esp. Paulo de Tássio Borges da Silva com o mini-curso "Educação e Gênero".









Drª. Liana Pontes Sodré falando sobre Diversidade e Sociedade



Painel do Seminário



O 1º Seminário de Gênero realizado no campus X da UNEB - Teixeira de Freitas foi dos eventos mais poêmicos e mais frutìferos realizados no ambiente acadêmico unebiano de 2009. Realizou-se um amplo debate democrático e enfrentou alguns preconceitos infelizmente presente nos lugares mais insuspeitos.


A atividade contou ainda com uma ampla programação ancorada no sentido de garantir a discussão acadêmica e rompeu com a visão estereotipada que os ambientes universitários não devem discutir tal tematica. No entanto por conta do luto à Profª. Drª. Lenice a programação teve alterações que não tiraram seu brilho especial. e que merecem ser citados em especial atenção.



O cine conversê realizou uma sessão no evento com o curta Shame no More (Vergonha Nunca Mais), e com o Longa Morango e chocolate (1993)* , dirigido por Tomás Gutierrez Alea (recentemente falecido e considerado um dos maiores cineastas cubanos), logo após teve um caloroso debate mediado pela Profª Msc. Liliane Cordeiro e pelos discentes Daniel, Danilo e Suzana. Todos ressaltaram a grande sutileza e o ótimo resultado do diretor ao trabalhar com tema tão polêmico. Fica como sugestão para as pessoas que se interessam por cinema procurar para assistir esta obra aclamada por todos.



Também sobre cinema, o Profº Esp. Anderson Araújo apresentou uma palestra sobre o arquétipo feminino na obra do diretor de Cinema Pedro Almodovár, e apresentou trechos das obras filmicas do diretor, buscando resgatar o papel da mulher e os olhares que o diretor espanhol marca nas suas obras sobre o arquetipo masculino.



A tarde do dia 19 numa das poucas liberações de turma, os alunos de Pedagogia vieram prestigiar a palestra da Profª. Drª. Liana Pontes Sodré, Professora da UNEB cujo tema foi Sociedade e Diversidade. A professora enfatizou as relações existentes socialmente e os papeis sociais que devem ser reconstruidos para construir a diversidade e enfrentar o preconceito, principalmente nos espaços escolares e de formação de profissionais.



Estranhamente, pois havia confirmado dias antes, um dos palestrantes, o legislador da Camara Municipal de Itabuna - BA Drº. Wenceslaw Junior, Preisidente da Comissão de Direitos Humanos dessa casa; entrou em contato com a coordenação do evento por intermedio de um acessor para desmarcar sua presença apenas um dia antes de sua palestra. Tendo em vista tal fato e pegos de surpresa a organização teve que solicitar que o Profº. Esp. Anderson Araújo repetisse a palestra sobre o cinema de Almodovár.





E tendo em vista a atividade extenuante, a síntese do evento que seia realizada pelo professor acabou prejudicada e não sendo realizada. Mas os participantes do evento sentiram-se satisfeitos e, houve ainda dois dias de mini-cuso realizado pelo educador especialista Paulo de Tassio Borges da Silva sobre Educação e Gênero, elogiado por todos os participantes como uma atividades extremamente recompensadora.




Segundo um dos coordenadores do evento, Hermington Maurício, mesmo com todas essas dificuldades, algumas próprias do pretendido com o seminário, outras, portanto, se deram pela falta de compromisso e pelo preconceito/discriminação de alguns setores da Instituição, ademais o evento foi um sucesso, uma vez que se criou um espaço para um debate que enfrentasse de frete os tabus e desmistificasse preconceitos, o que avança em parte a questão na Universidade.




Ao destrinchar o preconceito Maurício diz ter encontrado maior resistencia dentro do Movimento Estudantil da Universidade -resguardado o D.A. (Diretório Acadêmico) de História e a Coordenadora local do DCE (Diretório Central dos Estyudantes) - percebido pelo boicote nas reuniões, vale dizer do esforço da Coordenadora do DCE (Amélia Viana), entretanto, não se sentiu a vontade para cobrar uma postura menos discriminatoria dos demais colaboradores e gestores do Movimento Estudantil do Campus X.






Nesta tessitura de pluralidades , nasce o Corphus: Coletivo Popular Universitário de Discussão de Gênero e Sexualidades.








O Corphus é um coletivo popular universitário de discussão de gênero e sexualidades que se propõe a contribuir com o diálogo e produção científica da temática, em particular as realidades dos (as) agentes sociais do município de Teixeira de Freitas e região Extremo Sul da Bahia.




O Corphus é um espaço para diálogos acerca da luta de gênero e sexualidades. Desta forma, tem lugar para homens e mulheres de todas orientações sexuais: hétero, homo, bi, travestis, transexuais, etc.



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